América Latina e o Caribe têm a sua “Casa da Internet”

30/04/2012

América Latina e o Caribe  têm a sua “Casa da Internet”

O desafio é aumentar em 50% a quantidade de usuários da Internet na região nos próximos três anos.

América Latina e o Caribe  têm a sua “Casa da Internet”

As principais organizações de Internet da América Latina e o Caribe criaram o principal centro de entidades da Internet do mundo ao concentrar suas atividades na “Casa da Internet da América Latina e o Caribe”. Com sede em Montevidéu, capital do Uruguai, o prédio reúne os seis organismos da Internet mais relevantes da região e procura facilitar sinergias, apoiar o desenvolvimento e oferecer melhores serviços à comunidade latino-americana e caribenha envolvendo um número cada vez maior de atores.

“Esta Casa demonstra a integração que está surgindo graças à Internet, todos trabalhando juntos em prol de um mundo melhor.”
Oscar Messano, Presidente do LACNIC

A Casa da Internet abriga os escritórios do Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC), o capítulo regional da Internet Society (ISOC), a Rede de Cooperação Latino-americana de Redes Avançadas (CLARA), a organização que reúne os administradores de domínios dos países da América Latina e o Caribe (LacTLD), a Federação Latino-americana e Caribenha da Internet e o Comércio Eletrônico (eCOM L@C) e a Associação da América Latina e do Caribe de Operadores de Pontos de Troca de Tráfego da Internet (LAC-IX).

“Temos as condições para que a Internet seja uma atividade importante que permita melhorar o nível de vida de muitas pessoas.”
José Mujica, Presidente do Uruguai

O diretor executivo do LACNIC e presidente da Internet Society, Raúl Echeberría, salientou que por suas características e pela concentração dessas seis organizações, o prédio se torna um centro regional da Internet e fortalece a institucionalidade do setor: “o prédio é moderno, apropriado para um trabalho dinâmico e interativo, e ao mesmo tempo com acesso aos padrões mais altos de tecnologias”. Desde esse prédio “são oferecidos serviços críticos que possibilitam o funcionamento da Internet na região; portanto é preciso dispor de uma infraestrutura adequada de segurança e estabilidade”, acrescentou Raúl.

“Poder estar nestas instalações com esse crescimento é um sonho feito realidade, é um reflexo do desenvolvimento que está tendo o Uruguai e os países da região no desenvolvimento das TICs e da Internet”
Oscar Robles, Diretor de Nic.mx e presidente do LACTLD

A abertura oficial da “Casa da Internet da América Latina e o Caribe”, aconteceu na terça-feira 17 de abril, e contou com a presença de representantes das principais organizações e entidades da Internet da América Latina e o Caribe que viajaram desde diferentes pontos do continente principalmente para esse evento, bem como de autoridades do governo uruguaio, entre elas José Mujica, seu presidente.

O continente enfrenta um processo de “crescimento econômico único na sua história. Esta é a década da América Latina. E para continuar a crescer precisamos da Internet”, apontou Echeberría. A iniciativa de reunir as seis principais organizações da Internet em um só lugar melhora as instâncias de coordenação entre as entidades regionais, fortalece a institucionalidade do setor e sua capacidade de ajudar no processo de desenvolvimento da Internet na América Latina e o Caribe.

“Ter esta casa que reúne o LACNIC e LacTLD, e no ecossistema mais geral a CLARA e o LAC-IX, é um exemplo de como fazemos as coisas na América Latina. Somos parceiros, estamos sempre nos apoiando, é uma solidariedade”
Rodrigo de la Parra, Vice-presidente da ICANN para a América Latina e o Caribe

Hoje, na América Latina e o Caribe existe uma penetração da Internet de 40%, o que significa cerca de 240 milhões de usuários. Para o final de 2015, espera-se um crescimento de 60%, com 120 milhões de novos usuários. “Temos procurado articular políticas adequadas com todas as organizações e governos da região, que garantam o acesso à Internet dos 600 milhões de latino-americanos. Nessa direção é que devemos focar os maiores esforços”, salientou o diretor executivo do LACNIC.

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